quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Queimando os navios...

“No século XVI, Fernão Cortéz, conquistador espanhol parte para o México atrás de ouro com 600 homens, 10 canhões e 13 arcabuzes. Ele conhecia a fama dos Astecas, povo que governava a região e sabia suas estratégias de guerra. Os Astecas eram bastante conhecidos pela sua crueldade com suas vítimas em sacrifícios religiosos, porém eram pacíficos em suas abordagens de guerra, tentando ao máximo não derramar sangue para usar cada um dos prisioneiros como sacrifício para seus deuses.
O rei Asteca da época permitiu a entrada dos espanhóis de forma imóvel e acreditava estar recebendo prisioneiros ‘voluntários’. E para confirmar ainda mais as suspeitas do rei Asteca, Cortéz mandou seus homens queimarem os 11 navios nos quais eles navegaram até lá após a retirada de toda a tripulação, mantimentos e armas. O que parecia um ato suicida da parte dos espanhóis, nada mais era que a mais sábia estratégia de guerra, uma vez que o capitão espanhol estimulou seus homens a lutarem por sua própria sobrevivência e futuro, uma vez que não havia mais saída para eles, exceto a conquista da terra.
Os Astecas usavam sempre as mesmas estratégias de guerra, não escondendo a quantidade de guerreiros e mantendo seus homens nas mesmas posições e com as armas expostas. Sua maior estratégia era amedrontar os invasores com palavras e ameaças, tentando persuadi-los ate se renderem a eles.
Mas o que o Rei não contava era encontrar um povo em desvantagem numérica, porém em grande vantagem de força interior por lutarem pela própria sobrevivência!! Os homens de Cortéz não se intimidaram com o exercito asteca e nem pararam com suas ameaças e pela sua fama. Pelo contrário, eles foram até o fim conquistando em três décadas o império asteca que possuía mais de 20 milhões de súditos.”


Essa é uma história verídica que nos mostra como todos nós precisamos de boas estratégias para subsistir. Cortéz nos mostra como devemos nos comportar perante tamanho desafio, enfrentando os medos, ameaças, dificuldades e a vontade de retroceder.
No nosso dia a dia encontramos circunstâncias que nos levam a querer voltar atrás, olhar para o que nos faz temer como se não fôssemos jamais capazes de superá-los. Palavras do inimigo de nossas almas são proferidas em um tom que tenta sempre ser mais alto que o estímulo do nosso capitão que nos diz constantemente que vamos vencer e vai adiante de nós em cada uma das batalhas.
Os medos, dificuldades e fraquezas sempre estarão a nos rodear e tentando nos fazer voltar para os navios que viemos, desistindo da terra prometida que está a nossa frente. Mas sempre teremos alguém que nos gritará ‘avante’ mais alto e nos mostrará que as estratégias do inimigo não mudam, suas posições permanecem imóveis e suas armas falíveis e conhecidas. A forca sairá de dentro de nós, pois não mais olharemos para trás, apenas para o alvo.
Deixar os navios no cais demonstra que você confia no ‘backup plan’, no seu refugio caso falhe em sua missão. É como entrar num casamento confiando no divórcio. Seus navios precisam ser queimados pra ter dar a força do ‘agora ou nunca’, do ‘vida ou morte’. Você não precisará mais de seus navios, pois seus inimigos serão enfrentados com sucesso e você conquistará sua terra prometida com êxito.

Hoje eu me encontro com tochas de fogo nas mãos, olhando com olhos ainda lacrimejantes para meus navios... Olhos esses que também se encontram com forças e esperança. Ateio fogo em meus navios e vejo suas chamas alumiarem meu caminho. Te estimulo a fazer o mesmo, a olhar para frente sem temer o futuro, pois o Seu Capitão não falhará e jamais te deixará só.
Hoje me encontro caminhando em direção ao alvo, sem medo das palavras de meus inimigos e sem ouvir as ameaças dos que desejam minha morte.
Hoje me encontro olhando para a terra que conquistarei, ouvindo a voz de meu Capitão.



Saudades do meu maior prazer... Saudades de compartilhar a vida abundante...
Aos navegantes, welcome back!!! ;)
Lots of love,
Mabs

Um comentário:

vanessa disse...

lindo texto mabsinha *_*